O cuidado centrado no paciente pode ser usado para melhorar qualquer aspecto do cuidado de saúde, desde a marcação de consultas até as decisões sobre cuidados paliativos. Essa definição tem sido utilizada para melhorar a qualidade do cuidado de saúde de uma série de formas. Uma abordagem centrada na pessoa significa manter o foco nos elementos do cuidado, do apoio e do tratamento que mais importam para o paciente, sua família e seus cuidadores. Portanto, antes mesmo de pensar em medir, a prioridade é identificar o que é mais importante para eles, sem fazer suposições. Por exemplo, os dados organizacionais talvez mostrem que o tempo de espera dos pacientes ambulatoriais é muito longo, mas outras fontes podem revelar que os pacientes estão mais preocupados com a falta de informações durante a espera do que com a espera em si. O ponto de partida é analisar uma experiência com o cuidado (como uma consulta ambulatorial ou uma internação para uma cirurgia) com base nos quatro princípios: “O cuidado é personalizado, o cuidado é coordenado, o cuidado é capacitante e a pessoa é tratada com dignidade, compaixão e respeito”; e avaliar até que ponto eles estão sendo cumpridos. Isto requer uma série de informações, incluindo dados quantitativos e qualitativos, tais como históricos pessoais. Também é essencial monitorar e dar resposta aos mecanismos de retroalimentação, como as reclamações e as pesquisas com pacientes (retroalimentação local em tempo real e pesquisas nacionais), que andam lado a lado com a medição.
Cuidado centrado no paciente é:
- Compaixão, empatia e capacidade de resposta;
- Coordenação e integração;
- Informação, comunicação e educação;
- Conforto físico;
- Suporte emocional, aliviando o medo e a ansiedade;
- Envolvimento da família e dos amigos.
Os princípios do cuidado centrado no paciente são:
- Respeito pelos valores e preferências dos pacientes;
- Coordenação e integração dos cuidados;
- Informação, comunicação e educação;
- Conforto físico;
- Apoio emocional e alívio do medo e da ansiedade;
- Envolvimento da família e dos amigos;
- Continuidade e cuidado;
- Acesso aos cuidados.
Como praticar nas instituições o Cuidado Centrado no Paciente?
- Prover a educação e o apoio de que os pacientes necessitam para tomar decisões e participar dos seus próprios cuidados.
- Estabelecer uma cultura de revisão e reflexão sobre reclamações e elogios, na qual: a Ouvidoria recebe exemplos e resumos de reclamações e elogios; a diretoria convoca os envolvidos e reflete sobre reclamações e elogios, a fim de melhorar o atendimento ao paciente e comemorar o que eles fazem bem; os clientes estão envolvidos nas respostas às questões identificadas.
- Formalizar claramente o compromisso excepcional com os cuidados centrados nas pessoas, na estratégia da organização, unificando todos numa causa comum, em linguagem fácil de entender e de relacionar com pacientes, famílias, colaboradores e comunidade.
- Definir um tempo dedicado pela Diretoria, de forma sistemática e cultural, para discussão de histórias de pacientes em relação à qualidade e segurança.
- Assegurar que as práticas de recrutamento e seleção de colaboradores se alinham aos valores de cuidados centrados na pessoa, de forma que o reconhecimento dos colaboradores esteja vinculado ao atendimento centrado na pessoa e o mau comportamento, em qualquer nível, não seja tolerado.
- Procurar ativamente desenvolver uma cultura organizacional centrada na pessoa, impactando na maneira como os colaboradores se relacionam entre si e com os pacientes, incluindo as mentalidades e os comportamentos compartilhados que definem a expectativa sobre o que é importante e valorizado na organização.
- Envolver os clientes nos departamentos e programas da organização para planejar, projetar e avaliar a implementação dos serviços de saúde, de forma a garantir que esses serviços apoiem interações respeitosas e compassivas com pacientes, tomem decisão compartilhada e metas de cuidado, promovam o autocuidado e o gerenciamento no grau escolhido pelo paciente.
- Garantir que as equipes na estrutura organizacional têm responsabilidades claras para o atendimento centrado na pessoa, desde a liderança clínica até a segurança e os serviços corporativos.
- Oferecer cuidados integrados organizados de forma multidisciplinar em torno do paciente e seus objetivos de atendimento. Os membros da equipe devem trabalhar em colaboração para atingir as metas do paciente.
- Assegurar transições contínuas e coordenação dos cuidados ao paciente. Considerar a coordenação dos cuidados como uma série de estratégias que podem ajudar a melhorar a continuidade assistencial e melhorar a experiência do paciente. Melhorar a prestação de cuidados através do alinhamento e harmonização dos processos e informações entre os diferentes serviços.
- Assegurar o desenvolvimento de habilidades centradas na pessoa (competência clínica e técnica, habilidade interpessoal, comunicação, tomada de decisão compartilhada, trabalho em equipe e competência cultural) e atributos pessoais centrados na pessoa (empatia e compaixão, respeito, autenticidade, autoconsciência, compromisso com o atendimento ao paciente, compromisso com o desenvolvimento pessoal, fortes valores profissionais).
- Promover a compreensão da organização às expectativas compartilhadas pelo paciente e pela equipe multidisciplinar, apoiando a comunicação interprofissional e o trabalho em equipe oportunos e centrados no paciente, a resolução de problemas e a tomada de decisões.
Trabalhar com o Cuidado Centrado no Paciente é complexo, no entanto é extremamente recompensador, e os resultado são incalculáveis para o clima organizacional, a segurança, a resolutividade assistencial e a satisfação dos pacientes e familiares atendidos na instituição. Por essa razão, a Direção do hospital Padre Máximo lança em dezembro a Campanha “Os 12 passos para o Cuidado Centrado no Paciente”, baseado nas premissas supracitadas.
Hospital Padre Máximo, nossa Missão é oferecer soluções em saúde com qualidade, buscando a melhoria do atendimento à população.